Com este objetivo, é uma prática usual recorrer a imagens de satélites, fotos aéreas ou imagens de drones para obter uma visão do recobrimento dos talhões de interesse e extrair a partir destes dados, informações para orientar os agricultores na aplicação do nível adequado de fertilizantes, defensivos agrícolas e água,  no local correto e no período relevante.

Atualmente, a metodologia mais difundida para avaliar o desenvolvimento vegetativo é o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index). Ele pode ser facilmente calculado e fornece uma boa visão geral da situação referente ao desenvolvimento da planta, e eventuais diferenças localizadas dentro do talhão: O mapa de NDVI  irá mostrar os locais onde a quantidade de vegetação verde é alta e onde está baixa. No entanto,  o NDVI implica algumas limitações pois ele apresenta uma avaliação relativa das diferenças de vigor do desenvolvimento vegetativo - o NDVI sendo sensível as condições de iluminação, ao ângulo de visada, ao sensor, e alcança a saturação quando o recobrimento da vegetação sobre o solo é completo. Em consequência de que, para se calcular o NDVI absoluto, é necessário calibrar o modelo com medidas de campo que devem estar sincronizadas com as datas de imageamento do talhão.  Sem esta calibração o monitoramento consistente de uma área ao longo de um período é impossível de ser realizado de forma consistente comeste índice.

Una segunda metodologia mais avançada existe. O seu princípio é a extração de parâmetros biofísicos. Apesar de requerer algoritmos mais complexos e sofisticados, ela perite quantificar com precisão absoluta a biomassa e a nutrição em nitrogênio, por meio do cálculo de diversos indicadores tais como a  fCover (Fração de recobrimento de vegetação verde), a FAPAR (Fração de Radiação Ativa absolvida foto-sintéticamente), a LAI (Índice de Área Foliar), o Conteúdo de Clorofila, fNPV (fração de cobertura de vegetação não fotossíntética / morena), etc.

Estes parâmetros biofísicos são robustos e independentes do ângulo de visada, do sensor e das condições de iluminação. Eles podem ser usados de forma direta para avaliar e acompanhar a evolução do cultivo   e comparar diferentes situações em vários períodos temporais sem viés, e sem medições em campo.

Usados em conjunção com modelos agronômicos, eles podem servir eficientemente para gerar receituários e orientações de manejo, para a aplicação em taxa variável de fertilizantes e água, bem como a dosagem correta de reguladores de crescimento e defensivos agrícolas, propiciando economia de produtos químicos e reduzindo o impacto ambiental da atividade agropecuária.

Por mais de 15 anos, estes parâmetros biofísicos vem sendo utilizados nas tecnologias desenvolvidas pela Airbus Defence and Space nos seus serviços para a agricultura,  fornecendo condições para o desenvolvimento de agricultura de precisão a nível de intra talões até a elaboração de mapas de índices  para países inteiros, para  o setor de seguros de safra.

Veja na prática como funciona o VERDE: os parâmetros que você escolhe, como você interage e as informações que você recebe para seu projeto: