Google Earth versus Imagens Comerciais |
Quando decidimos fazer o blog, optamos por trazer assuntos interessantes e que geram alguma curiosidade nas pessoas. Ficamos pensando em algo do dia a dia, dúvidas que muitas vezes escutamos por telefone, ou recebemos por email. Chegamos à conclusão que um assunto que gera muitas dúvidas nos clientes da EngeSat é o fato de muitas vezes as imagens do Google Earth parecem “melhores” do que as imagens adquiridas a partir de um distribuidor autorizado, mas não se engane, só parecem!
Um lindo vídeo publicado na internet mostra a evolução da Terra nos últimos anos… Mais não é por isso que você deve acreditar que terá imagens de alta resolução ( melhor que 1 m, em 1984…)… Esta sequência é principalmente feita com imagens Landsat de 30 ou 15 m de resolução.
Para ficar o mais simples possível, vamos citar as diferenças entre as imagens do Google Earth e de imagens autorizadas que a EngeSat, oferece. Todos nós ficamos algum tempo passeando pelo Google, conhecendo diversas cidades, no mundo todo. Vemos imagens impressionantes, lindas mesmo. Mas o que ocorre é que nem sempre essas imagens são imagens de satélites: muitas são fotos aéreas e possivelmente logo teremos publicadas algumas imagens feitas por drones. Então fazer uma comparação de qualidade entre elas fica, digamos, inviável. Teria que conhecer a fonte, a data, o sensor, etc…
Comparativo entre imagens do Google Earth …
e imagem comercial de 30 cm numa área em São Paulo.
Temos que levar igualmente em consideração uma questão muito importante: essas imagens do Google, quando copiadas da tela, não são georreferenciadas, o que é um grande problema para quem precisa trabalhar com elas. Outro ponto que devemos observar também é que as imagens vizinhas podem ter erros de sobreposição na sua junção, e são imagens apenas no formato JPG sem bandas espectrais separadas. Consequentemente a grande maioria dos softwares de SIG (Sistemas de Informação Geográfica) e PDI (Processamento de Imagem) não conseguem trabalhar com elas.
Outro problema que encontramos é que a data informada pelo Google na barra de datas deve ser fonte de desconfiança. Se a sua área de interesse fica na transição entre duas imagens de datas diferentes, você pode estar pensanfo usa uma imagem de uma data e na verdade esta usando outra imagem de outra data. Por isso mesmo o GOOGLE EARTH não serve para fundamentar perícias judiciais, pode no máximo lhe ajudar na hora de verificar a situação de um local numa data de interesse… mesmo porque o GOOGLE EARTH não publica todas as datas de todo os satélites.. portanto não é exaustivo.
E mais, não ache que a vista que você viu de uma capital terá a mesma qualidade que uma cidadezinha lá no interior. As vezes, nem mesmo todas as capitais tem a mesma qualidade. Exitem locais onde somente verá o Landsat de 30 m de resolução disponível !
Para finalizar, o Google não vende essas imagens e nem autoriza o seu uso comercial. ( “The up-to-date Google map is not for purchase or for download; it is to be used as a guide for reference and search purposes only”.) E mais sério ainda, não podem er usadas em pericias judiciais por que, simplemente, não são confiáveis!
Comparativo entre imagens do Google Earth e imagem comercial de 30 cm no Cabo de Santo Agostinho – PE:
Então, o que te sugiro é entrar em contato com a EngeSat e solicitar amostras dos diversos sensores que trabalhamos, tornando a comparação de diferentes tipos de imagens mais condizente com a realidade. Nosso departamento comercial está pronto para atender e tirar qualquer dúvida que possa surgir diante desse assunto: procuraremos as imagens ténciamente adequadas ao seu projeto, com a resolução que permite a identificação dos alvos de interesse (por exemplo: identificar uma casa de 100 m2, ou 10 por 10 m de tamanho, com uma imagem Landsat de 30 m de resolução não é possivel!) evitando aborrecimentos e garantindo o retorno de seu investimento.
Interessante igualmente é este artigo: “Do uso inapropriado de imagens aéreas do Google Earth no exercício do Poder de Polícia Ambiental” por Franco Cristiano da Silva Oliveira Alves.
Enfim, se ainda não está convencido, assista este excelente vídeo da CLICKGEO, de autoria de Anderson de Medeiros.
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Esta publicação foi escrita por Laurent Martin, formado em Agronomia e com Mestrado em Sensoriamento Remoto Aplicado no Reino Unido, é responsável pela direção da EngeSat.